O Instituo Inhotim é um lugar imperdível. O museu é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil, além de ser considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina.
É um lugar praticamente obrigatório, que reúne galerias de arte em meio a um enorme jardim botânico com lindas paisagens, cores e formas inexplicáveis.
É preciso ir lá pelo menos uma vez na vida, e se você já está se planejando para isso, organizamos esse guia indicando quais as atrações imperdíveis, como planejar a visita, como chegar e algumas dicas para facilitar sua experiência lá.
Instituto Inhotim, MG: onde fica, como ir, o que fazer e dicas
- Onde fica o Inhotim
- Preço
- Como ir
- Onde ficar
- Visita (estrutura, carrinhos, circuitos, etc)
- O que fazer (com fotos)
- Dicas
Onde fica o Instituto Inhotim: qual a distância a partir de BH
O museu está localizado em Brumadinho, cidade com 30 mil habitantes que fica a 60 quilômetros de Belo Horizonte, Minas Gerais.
Ele foi eleito em 2014 pelo site TripAdvisor um dos 25 museus do mundo mais bem avaliados pelos usuários. Olha que incrível!
Qual o valor da entrada no Inhotim
O ingresso do museu Instituto Inhotim custa R$ 50 (inteira – jan/2023) e R$ 25 (meia). O passaporte para 2 dias no Inhotim custa R$ 88 (inteira) e R$ 44 (meia), e o passaporte de 3 dias custa R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia).
Crianças até 5 anos não pagam, e pessoas entre 6 e 12 anos, acima de 60 anos, com deficiência, além de estudantes e professores da rede pública ou privada (com comprovação) pagam meia-entrada.
Como comprar o ingresso do Inhotim
O ingresso pode ser comprado online antecipadamente no site oficial, e a gente recomenda fazer isso para evitar as filas principalmente em finais de semana.
O Instituto funciona de terça a sexta das 9h30 às 16h30 e nos finais de semana e feriados das 9h30 às 17h30.
Nas quartas-feiras (exceto feriados), o museu tem entrada gratuita.
Como chegar no Instituto Inhotim
Os aeroportos mais próximos são os de Belo Horizonte, cidade a a cerca de 60 quilômetros de distância, que recebe voos diários de vários lugares do Brasil (conferir passagens aéreas em oferta nesse link).
De ônibus:
A viação Saritur (tel: 0800-039-8846) oferece uma linha especial de terça a sexta com ida às 8h15 e volta às 16h30, e aos sábados, domingos e feriados com ida às 8h15 e volta às 17h30.
A passagem de ida custa R$ 41,05 e a de volta sai por R$ 37,15 (abril/2021) e os ônibus saem da rodoviária de BH, na plataforma F12.
De van:
O Instituto Inhotim oferece serviço de vans e o horário de ida é 8h30 às quartas, sábados domingos e feriados. Às terças, quintas e sextas o horário é o mesmo, mas só há saídas mediante reserva de pelo menos 4 pessoas.
Os horários de volta são 16h30 de terça a sexta, e 17h30 aos sábados, domingos e feriados. Custa R$ 66,00 ida e volta, e R$ 35,00 só a volta. É preciso reservar com um dia de antecedência através dos contatos [email protected] ou (31) 3290-9180.
De excursão:
A Civitatis oferece uma excursão saindo de BH com transporte e a vantagem de ter guia incluído.
De carro:
A viagem pode ser feita pela BR-381 sentido São Paulo e a saída é bem sinalizada (cerca de 60 quilômetros) ou pela BR-040 sentido Rio de Janeiro (cerca de 80 quilômetros, pela Serra da Moeda). Siga as placas Casa Branca e depois, Brumadinho.
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Lembrando que o Instituto Inhotim fica a cerca de 3 quilômetros do centro de Brumadinho. Na época que fomos, os táxis cobravam R$ 20 pela corrida até lá, e alguns hotéis têm serviço de transfer.
O lugar tem um amplo estacionamento gratuito para quem vai de carro. Se pretende ficar na cidade ao invés de fazer um bate-volta de BH, hospede-se no centro.
Onde se hospedar em Brumadinho
Brumadinho tem uma boa oferta de hospedagem, com pousadinhas confortáveis, hotéis e ótimos hostels. A dica é ficar no centro da cidade, perto dos bares e restaurantes.
A Pousada Verde Villas é uma dica de hospedagem no centro de Brumadinho, com uma das melhores avaliações entre as opções na cidade. Duas alternativas 3 estrelas com ótima avaliação são o Ville de Montagne Hotel e a Pousada Lafevi.
Entre os albergues legais estão o Hostel 70, onde a gente se hospedou, e o Hostel Hari, e o Hostel Pé de Caju, o com melhor avaliação.
Um pouco mais afastada do centro, a Pousada Alta Vista é uma opção 4 estrelas confortável e ótimo custo-benefício, e a Casa da Horta é uma opção bem avaliada e econômica.
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Visita ao Instituto Inhotim
São 3 diferentes circuitos dentro do museu:
- Eixo Laranja
- Eixo Amarelo
- Eixo Rosa
O primeiro é o mais longo e cada um deles tem diversas atrações, seja do jardim botânico ou arte contemporânea.
Eu recomendo pelo menos dois dias para visitar o Instituto Inhotim com calma e a dica é fazer o Eixo Laranja em um dia, e conciliar os outros dois eixos no dia seguinte. Nesse caso, compre o pacote para dois dias com desconto.
Infraestrutura
Carrinho elétrico:
É muito mais legal visitar o Inhotim a pé, mas se preferir não caminhar, o preço do carrinho elétrico que percorre vias pré-determinadas, parando nos pontos próximos às atrações, é R$ 30 por pessoa.
O transporte funciona de terça a sexta das 10h às 16h e finais de semana e feriados das 10h às 17h.
O esquema é o seguinte: você para em um ponto, desce, visita a atração ou atrações ao redor, volta para o ponto e espera o próximo carrinho, que circula o tempo todo. Ainda é possível contratar um carrinho particular com monitor para até 5 pessoas a R$ 500 diária ou R$ 200 por hora (abril/2021).
Sinalização:
Os 3 circuitos são sinalizados e acessíveis, há banheiros em diversos pontos, e ótimas opções gastronômicas.
Onde comer:
Há dois restaurantes, o Oiticica, próximo à recepção, com buffet self-service a R$ 49 o quilo, e o Tamboril, no Eixo Amarelo, com buffet livre por R$ 79 por pessoa incluindo a sobremesa.
Há opções para lanches rápidos também, como o Café das Flores, a Lanchonete True Rouge, a Casa dos Sucos (G13) e a Hamburgueria do Galpão G11, onde a gente recomenda o sanduíche de frango com ricota, abacaxi e molho de mostarda e mel, simplesmente delicioso.
>> É possível fazer um tour virtual no site do Instituto Inhotim, conferir as regras de visitação e muitas outras informações sobre o lugar.
>> Clique para ver o mapa dos circuitos e atrações do Instituto Inhotim. Pegue seu mapa na recepção, para orientar sua visita.
> Instituto Inhotim: resumo para planejar sua visita passo a passo:
1. Compre o ingresso pelo site, se possível para 2 dias consecutivos.
2. Decida se vai usar ou não carrinho, e inclua na compra.
3. Reserve sua hospedagem no centro de Brumadinho.
4. Compre as passagens de ida e de volta, ou reserve um carro.
5. Se for de ônibus, procure transfer com o seu hotel, ou combine com um táxi.
O que fazer em Inhotim: pontos de interesse e galerias
O Instituto Inhotim tem 140 hectares de área que mesclam experiências sensoriais, botânicas e artísticas.
São 7 jardins temáticos, 5 no Eixo Laranja e 2 no Eixo Amarelo:
- Jardim de Todos os Sentidos
- Jardim Desértico
- Jardim de Transição
- Vandário
- Jardim Veredas
- Jardim Pictórico
- Lago das Orquídeas
São 23 galerias de arte, sendo 6 no Eixo Amarelo, 10 no Eixo Laranja, e 7 no Eixo Rosa, com obras de artistas consagrados como Tunga, Cildo Meireles e Helio Oiticica.
Trinta destaques botânicos espalhados pelos circuitos fazem sucesso com o público, como por exemplo, Tamareira-das-canárias, Palmeira-andante, Ipê-Amarelo, Plameira-juçara, Jacarandá-preto, Pata-de-elefante e diversos outros.
São inúmeras obras, mas abaixo a gente recomenda algumas que são imperdíveis.
Vandário
Espaço que reúne cerca de 350 orquídeas do grupo das vandáceas, originárias do Sudeste Asiático e da Austrália, algo único aberto ao público no Brasil.
De Lama Lâmina
Você sabia que a obra “De Lama Lâmina”, do artista Matthew Barney, surgiu de uma performance feita no carnaval de Salvador em 2004?
Alguns anos depois ele escolheu uma clareira em meio aos jardins do Inhotim para abrigar essa instalação tão tão tão legal. Muitos espelhos, ilusão de ótica e uma obra extremamente enigmática.
Telescópio de Olafur Eliasson
O telescópio de Olafur Eliasson. Ah, o telescópio! Sabe aquela vontade de criança de não sair nunca de um brinquedo num parque? É quase isso que rola “a bordo” dessa obra.
Sem contar que paisagem lá do alto fica ainda mais bonita.
Som da Terra
Som da Terra é nome da obra que não conheci. Pois é, não demos sorte. Trata-se de uma perfuração de 202 metros por dentro da terra, onde se pode ouvir o som que faz abaixo de nós. Incluí porque é uma das obras mais procuradas de Inhotim.
Como a região de Belo Horizonte é muito extrativista, ela ficou comprometida com o barulho de máquinas nas proximidades do parque. Por isso, na data da nossa visita, a galeria estava fechada.
Adriana Varejão
Só o lago do lado de fora da galeria de Adriana Varejão já valeria o passeio. Mas lá dentro o que se vê é ainda melhor. A primeira obra é impactante, mas bem realista.
No segundo pavimento, painéis gigantescos e liiiindos. Mas aí você sobe mais um pouco e se depara com um terraço MA-RA-VI-LHO-SO, de onde dá pra ver o parque do alto.
Forty Part Motet
A Galeria Praça abriga uma obra muito peculiar, a “Forty Part Motet”, de Janet Cardiff. Um coro medieval de 40 vozes interpreta a trilha sonora no parque.
O diferencial está na maneira como se experimenta a obra: cada caixa de som se refere a uma voz diferente e, a cada passo, parece que se ouve uma música nova.
A Origem da Obra de Arte
Marilá Dardot é o nome da artista que fez a obra mais “fofa” do Inhotim. São os vasinhos de planta em formato de letras que todo mundo já viu por aí.
A ideia é plantar as mudas disponíveis no local, mas o que realmente acontece é uma salada de letrinhas espalhadas pelo gramado, cada um escrevendo aquilo que faz seu coração bater mais forte.
Maciel
A prostituição e o período de decadência da região do Pelourinho, em Salvador, na década de 1970. É isso que retrata a mostra “Maciel”, de Miguel Rio Branco.
As cenas retratadas são fortes, mas cheia de sensibilidade e, principalmente, verdade.
Inhotim é cor, formas e movimento:
Dicas para quem vai conhecer Inhotim
– Não esqueça o filtro solar. Tem muitos trechos sem sombra.
– Use um calçado confortável. E se você tem “nervoso” quando entra areia na sandália, vá de tênis. Pela própria composição de algumas galerias, há lugares com pedras, areia, água… você vai pisar vários chãos. Mas atenção: a Nange foi barrada em uma galeria com vidros no chão por estar de sandália. Ou seja, o melhor é ir de tênis!
– Não esqueça a garrafinha d’água. Há diversos bebedouros, mas a sede bate justo naquele ponto entre um e outro.
– Não esqueça de pegar o mapa na portaria. É fundamental para saber onde você já foi e onde não foi naquele labirinto de obras de arte.
– Separe um dinheiro para a lojinha. Ela faz você querer comprar tudo, são muitas coisas lindas mesmo.
– Confira a programação no site, de repente, você pode ter a mesma sorte que a gente, que curtimos um show em homenagem a Fernando Brant, ao ar livre, na grama. Sempre tem eventos rolando no Inhotim.
– É proibido levar alimentos ou fazer piquenique no parque. Mas não se preocupe, tem dois excelentes restaurantes, várias lanchonetes e um café para você ter vontade de querer tudo.
- É permitido fotografar as atrações para uso pessoal, e não pode usar flash dentro das galerias. Não é permitido o uso de tripé, pedestal ou qualquer outro suporte para câmeras no interior das galerias.
S E R V I Ç O
Instituto Inhotim
R. B, 20 – Fazenda Inhotim, Brumadinho – MG
Tel: 55 31 3571-9700 | inhotim.org.br
Leia também:
Cidades Históricas de Minas Gerais
Espero que essas dicas te ajudem a programar uma viagem muito bacana para o Instituto Inhotim. Depois conta pra gente como foi!
por Camila Coubelle