O que fazer no bairro da Liberdade, São Paulo

O bairro da Liberdade é uma atração e tanto em São Paulo. Conhecida por ser a casa dos imigrantes japoneses, a região preserva costumes e tradições asiáticas — incluindo as influências chinesa e coreana — em um mix cultural, gastronômico e arquitetônico único.

Prepare-se para visitar feiras, mercados, lojas e restaurantes, cada um com uma variedade de itens orientais e produtos típicos. Para quem quer descobrir um pedacinho do Japão no Brasil, sugiro separar no mínimo uma tarde no seu roteiro por São Paulo.

O fato menos conhecido é que, antes de acolher a comunidade asiática, a região foi um local de venda de escravos e, atualmente, é importante para a comunidade negra da cidade.

Para facilitar o planejamento, criei um guia completo do que fazer na Liberdade: como chegar, onde comer, onde se hospedar e o que visitar. E se estiver em São Paulo no fim de semana, vale a pena esticar o passeio até a famosa feirinha do bairro!

Bairro da Liberdade, SP: por onde começar?

Com uma decoração bem peculiar (até os semáforos remetem ao Japão), o portal Torii marca o início do bairro. E é na Rua Galvão Bueno e arredores que está boa parte das atrações e pontos de interesse.

Um dos primeiros lugares que você vai passar é o Viaduto da Liberdade, que conecta a Rua Galvão Bueno com a Rua dos Estudantes, dando acesso a várias atrações do bairro.

O viaduto é famoso por sua decoração que remete à cultura japonesa, incluindo lanternas vermelhas e, por isso, é um dos lugares instagramáveis na Liberdade (veja outros no fim do post), bastante fotografado por visitantes e turistas, especialmente durante festivais e eventos culturais que ocorrem na região.

Além disso, ele oferece uma vista encantadora das ruas do bairro e é um ponto de parada popular para fotos.

É possível conhecer o Bairro da Liberdade todo a pé. E se preferir, contrate esse tour guiado pela Liberdade + Museu da Imigração Japonesa, com duração de 3 horas.

Você verá neste post:

• Como chegar
• Onde ficar
• Mapa
• O que fazer
• Onde comer
• Botecos japoneses
• Mercados típicos
• Lojas
• Feirinha
• Outros pontos de interesse
• Lugares instagramáveis
• Eventos
• Segurança

Antes de continuar, confira o vídeo da Feirinha da Liberdade abaixo. Aproveite para seguir nosso Instagram e comentar lá no vídeo se você já provou algum quitute japonês na feira:

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Como chegar na Liberdade

Dependendo de onde você está em São Paulo, é tranquilo e confortável se locomover de táxi, Uber ou 99.

Mas o meio mais econômico é pelo metrô, que chega rápido e custa apenas R$ 5 (ago/2024). Basta pegar a Linha Azul Tucuruvi – Jabaquara e descer na Estação Liberdade.

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>> IMPERDÍVEL: O que fazer em Paranapiacaba, SP <<

Bairro da Liberdade: hotéis recomendados

Quem quer ficar no coração da Liberdade, encontra poucas opções de hotéis.

Um dos mais bem avaliados é o Nikkey Palace Hotel, que tem quartos com banheiro privativo, bar, restaurante e café da manhã. O estacionamento, porém, é pago à parte.

Onde se hospedar perto da Liberdade?

Essa é uma ótima alternativa, já que o acesso ao bairro é bem fácil.

Na região da Avenida Paulista, por exemplo, você encontrará várias opções de hospedagem, muitas bem pertinho das estações de metrô.

Como o Hotel Transamerica Executive Paulista, que tem quartos com frigobar e banheiro privativo, restaurante com opções buffet e à la carte, café da manhã, academia e piscina.

Já o São Paulo Hostel Club é do tipo econômico e tem opção de quarto com banheiro privativo ou quartos com banheiros compartilhados, além de um bar e portaria 24h.

Já quem prefere se hospedar no centro de São Paulo, boas opções são o Marabá Palace Hotel – localizado na famosa esquina da Av. Ipiranga com a Av. São João – que oferece quartos privativos, sauna, academia, terraço e um delicioso buffet de café da manhã; e o Hotel Boulevard Inn São Paulo, que também tem café da manhã, academia e alguns quartos com sala de estar.

Outra região próxima é Pinheiros, um ótimo bairro para se hospedar em São Paulo. O Selina Madalena São Paulo tem uma decoração moderna, restaurante, bar, cozinha de uso comum e opções de quartos privativos ou compartilhados.

Já o Comfort Suites Oscar Freire oferece piscina ao ar livre, sauna, academia e buffet de café da manhã.

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Atrações da Liberdade no mapa:

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O que fazer na Liberdade: melhores experiências e pontos turísticos

1. Conhecer a cultura japonesa

O Museu Histórico da Imigração Japonesa é o melhor lugar para conhecer um pouco da cultura oriental e a primeira opção na lista de um roteiro cultural na Liberdade.

O museu fica no prédio Bunkyo e tem quase 100 mil peças, entre elas fotos, documentos, roupas, objetos e vídeos que contam um pouco sobre a chegada dos imigrantes japoneses ao Brasil.

As salas também retratam como era a vida desses imigrantes e como se estabeleceram na nova pátria. Há ainda algumas exposições temporárias no prédio.

• Duração recomendada: 1h30
• Horário: terça a sábado, das 9h às 18h, e domingos das 10h às 18h (bilheteria até as 17h).
• Entrada: R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia-entrada).

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>> Tour de bicicleta em SP em oferta na Civitatis <<

2. Visitar o Jardim Oriental

O Jardim Oriental é uma espécie de refúgio em meio ao tumulto do centro de São Paulo.

Com um paisagismo simples, o espaço é cheio de plantas, flores e um lago cheinho de carpas, os peixes que são ícones da cultura oriental e, dizem, trazem boa sorte. Ideal para relaxar e carregar as energias para o passeio.

• Duração recomendada: 20 minutos a 1 hora, dependendo da lotação.
• Horário: Aberto todos os dias, das 10h às 16h. Entrada gratuita.

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3. Experiências gastronômicas na Liberdade

A Liberdade é um verdadeiro paraíso para quem ama culinária asiática. Há desde lanchonetes rápidas a botecos e izakayas japoneses. Alguns têm cardápio exclusivo de comida japonesa, outros também oferecem pratos típicos da China, Tailândia e Coreia.

O Bar Eclético Bentô House é um deles. O cardápio é extenso e variado, mas eu indico fortemente que você peça o Yakissoba de lá. É maravilhoso e ouso dizer que é o melhor que já comi até hoje.

Já o Tanka Asian Kitchen é um restaurante de buffet livre, ou seja, você paga uma quantia (veja os preços aqui) e come à vontade. No cardápio, comida japonesa e tailandesa, sobremesas, frozen yogurt, chás e cafés.  Vale a pena se estiver com muita fome ou quiser experimentar um pouquinho de cada prato.

Se a ideia é um lanche rápido, o 89°C Coffee Station é especialista no assunto. Lá você vai encontrar, além de chás e cafés especiais, uma série de quitutes nipônicos, como o Karê Pan, uma espécie de pão frito com recheio de curry que é uma delícia.

Já o Yoka, na Rua dos Estudantes, é uma pastelaria incrível, acho que tem a melhor massa de pastel em São Paulo. Tanto que já foi eleita “o melhor pastel da cidade” pela Época e pela Folha de SP. O pastel japonês deles é maravilhoso, com tofu e cebolinha. Uma delícia!

Outro lugar legal é o Nandemoyá, na Rua Galvão Bueno, 451. Um restaurante japonês self-service no quilo, com espaço imenso e 2 andares. Ótima dica de comida típica japonesa em SP!

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Veja também este tour gastronômico na Liberdade:

4. Visitar um verdadeiro boteco japonês

Se o clima é de boteco (os típicos izakayas), não deixe de conhecer o Izakayada, um boteco japonês raiz que tem no cardápio várias porções pouco comuns por aqui, além de uma decoração kitsch, cheia de bonecos e brinquedos de heróis e personagens japoneses.

Outras opções de boteco são o clássico Izakaya Issa, o Kabura, famoso pelos petiscos grelhados e o pequenino Kintaro.

Todos ficam próximos ao Metrô Liberdade, mas conforme for adentrando o bairro, você vai encontrar várias opções de ótimos restaurantes, lanchonetes e bares.

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>> Veja também: O que fazer no Mercado Municipal de São Paulo <<

5. Descobrir os mercados asiáticos da Liberdade

Quem gosta de culinária asiática ou tem curiosidade de experimentar os snacks, sucos, refrigerantes e doces japoneses, vai adorar ser perder pelos corredores dos mercados da Liberdade.

São vários espalhados pelas ruas, mas vamos te indicar três: o Marukai, que tem vários doces, biscoitos, ingredientes para fazer sushi, bebidas, temperos e utensílios de jantar.

O famoso Casa Bueno, com tem produtos asiáticos clássicos e chás chineses que são um diferencial.

E o Empório Azuki, que tem de tudo um pouco, inclusive especiarias tailandesas, produtos orgânicos e até pimentas mexicanas.

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6. Lojas de produtos asiáticos na Liberdade

São tantas lojas de produtos importados na Liberdade que é até difícil escolher em qual delas entrar.

Se está à procura de itens de decoração e presentes, vá até a Himeya, Omiyague ou à Tenman-Ya (esta última é especializada em porcelanas) que vai encontrar de tudo um pouco.

Quem gosta de maquiagem e cosméticos, vai se encontrar nas lojas Loretta Farm e Ikesaki. Outro lugar imperdível é a Livraria Sol, que tem todo tipo de literatura japonesa, do tradicional ao pop.

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7. Feirinha da Liberdade

Se estiver em São Paulo no fim de semana, não deixe de conhecer a tradicional Feirinha da Liberdade.

Essa feira icônica acontece aos sábados e domingos, das 9h às 18h, na Praça da Liberdade. São diversas barracas de artesanato e culinária japonesa e chinesa, perfeitas para quem quer experimentar pratos típicos.

O que comer na feira?

Experimente, por exemplo, o famoso Karê Pan (um pão frito com recheio de curry), ou os takoyakis (bolinhos de polvo) e tempurás nas barraquinhas; são especialidades imperdíveis!

Veja mais dicas do que comer na feirinha da Liberdade:

• Takoyaki: Bolinhos quentes de polvo, cobertos com molho especial e flocos de peixe.
• Yakitori: Espetinhos grelhados de frango, normalmente servidos com um molho.
• Onigiri: Bolinhos de arroz moldados à mão, muitas vezes recheados com ingredientes como salmão ou umeboshi (ameixa japonesa).
• Mochi: Um doce feito recheado com pasta de feijão doce ou frutas.
• Bebidas: Experimente chás japoneses, como o matcha, ou bebidas típicas, como o refrigerante de yuzu.

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8. Visitar o Palacete Conde de Sarzedas

O prédio histórico é conhecido como Castelinho do Amor, pois – dizem – foi construído como demonstração de amor de um descendente do Conde de Sarzeda, que se apaixonou por uma mulher 40 anos mais jovem. Os dois se casaram e viveram ali até 1939.

O prédio, que contrasta com a modernidade que cresceu ao redor funciona hoje como o Museu do Tribunal da Justiça de São Paulo, preservando materiais relacionados à vida e tradições do Poder Judiciário Paulista.

Há visitas guiadas e gratuitas de segunda a sexta, de 11h ás 17h, basta agendar na coordenadoria do museu através dos telefones (11) 3295-5817 e 3295-5818.

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9. Descobrir outros pontos de interesse

• Beco dos Artistas: Embora menos conhecido, o Beco é um espaço dedicado à arte urbana e conta com murais inspirados na cultura asiática.
• Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados: Um marco histórico importante, a igreja foi erguida em memória do mártir Chaguinhas, um soldado negro condenado à forca em 1821 no local que hoje é a Praça da Liberdade. Reza a lenda que a corda quebrou três vezes durante a execução, o que os populares interpretaram como um milagre, mas, ainda assim, Chaguinhas foi executado. Hoje, a igreja é um local de devoção e muitos fiéis acendem velas e rezam em seu nome, buscando graças e milagres.
• Estátua Madrinha Eunice: Deolinda Madre, conhecida como Madrinha Eunice, foi uma figura central do samba paulistano. Ela fundou, em 1937, a Lavapés Pirata Negro, a escola de samba mais antiga da capital paulista ainda em atividade. Além de sambista, foi ativista do movimento negro, sendo conhecida por batizar dezenas de crianças, o que lhe rendeu o apelido de “Madrinha”. Sua dedicação ao samba e à cultura negra a tornaram um símbolo do carnaval paulistano. Em abril de 2022, a prefeitura de São Paulo inaugurou uma estátua de bronze de Madrinha Eunice na Praça da Liberdade, homenageando-a como uma das primeiras personalidades negras a receber tal reconhecimento na cidade.

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10. Procurar os lugares instagramáveis na Liberdade

A Liberdade é cheia de lugares legais para fazer fotos incríveis:

• Murais de Arte: Ao explorar as ruas da Liberdade, você pode encontrar murais e grafites que homenageiam a cultura japonesa e a diversidade do bairro, criando fundos únicos para fotos.
• Portal da Liberdade: O famoso portal Torii, que dá as boas-vindas aos visitantes com sua estrutura vermelha e simbólica, é um dos pontos mais fotografados do bairro.
• Viaduto da Liberdade: Com suas lanternas vermelhas e atmosfera japonesa, o viaduto é perfeito para fotos que mostram a essência do bairro.
• Jardim Oriental: Este espaço tranquilo com lago, carpas e plantas típicas do Japão também é legal para fotos.
• Feira de Artesanato: As barracas coloridas da feira oferecem não apenas produtos típicos, mas também um cenário bonito e cheio de vida.

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11. Participar dos eventos e datas comemorativas na Liberdade

• Festival das Flores de Cerejeira (Hanami), que celebra a floração das cerejeiras, com apresentações culturais, danças, exposições de artesanato e uma linda ornamentação com flores. Quando: Geralmente em julho.
• Tanabata Matsuri: Festival das Estrelas, que celebra a lenda de duas estrelas que se encontram uma vez por ano. O evento inclui decoração com fitas coloridas, oficinas e apresentações culturais. Quando: Julho (normalmente no primeiro final de semana).
• Ano Novo Chinês: Comemorações que incluem danças do dragão, apresentações musicais, barracas de comidas típicas e fogos de artifício, atraindo muitos visitantes para celebrar a cultura chinesa. Quando: Fim de janeiro ou início de fevereiro (data variável).
• Festa de Ação de Graças (Shinji Matsuri): Uma celebração que expressa gratidão pelas colheitas e inclui cerimônias religiosas, além de atividades culturais e culinárias. Quando: Setembro.
• Festival do Sushi: Evento dedicado à gastronomia japonesa, onde chefs preparam diferentes tipos de sushi e sashimi, acompanhados de apresentações culturais. Quando: Setembro.
• Dia do Japão: Comemoração da amizade entre o Brasil e o Japão, com atividades culturais, workshops, danças e exposições que promovem a cultura japonesa. Quando: Novembro.

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É seguro visitar a Liberdade?

Visitar o bairro da Liberdade é, em geral, seguro, especialmente durante o dia, quando há maior movimentação de pessoas e comércio aberto. Como em qualquer área urbana, é importante adotar algumas precauções:

• Evite andar sozinho à noite: Embora o bairro da Liberdade seja relativamente seguro, é melhor evitar áreas menos movimentadas após o anoitecer. A gente já se hospedou em uma rua residencial totalmente deserta e ficamos inseguras de chegar a pé à noite (pegávamos um táxi na saída do metrô).
• Fique atento aos seus pertences: Como em qualquer lugar turístico, o furto de pequenos objetos pode ocorrer. Mantenha bolsas e câmeras sempre à vista.
• Utilize transporte público: O metrô e os ônibus são opções seguras e acessíveis para chegar ao bairro. As estações de metrô, especialmente a da Liberdade, são bem movimentadas.
• Considere as multidões em eventos: Durante festivais e celebrações, como o Tanabata Matsuri (festival das estrelas), a área pode ficar muito cheia. Fique atento ao seu redor e tenha cuidado com a movimentação de pessoas.

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E aí, você também tem curiosidade de conhecer o Bairro da Liberdade e saber um pouco mais sobre a cultura japonesa? Se for até lá, deixe um comentário contando pra gente como foi.

por Camila Coubelle e Nange Sá