Sabia que com apenas uma caminhada é possível visitar 8 museus gratuitos em Juiz de Fora? O maior município da Zona da Mata de Minas Gerais é mais conhecido pelo turismo de negócios, mas a cidade respira cultura e tem diversas atrações voltadas à arte e ao conhecimento.
E o melhor, todos estão no centro da cidade ou muito perto dele. Conheça esses pontos turísticos da Manchester Mineira, seus acervos e particularidades. Ah, e no final, veja dicas sobre Juiz de Fora e onde se hospedar na cidade.
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8 museus gratuitos em Juiz de Fora, Minas Gerais:
1. Museu Mariano Procópio
Um dos mais antigos do país e primeiro de Minas Gerais, o Museu Mariano Procópio foi criado em 1915 (inaugurado oficialmente em 1921) pelo colecionador Alfredo Ferreira Lage. Ele dedicou uma vida à formação de um dos mais significativos acervos artísticos, históricos e de ciências naturais do país. O museu está localizado no parque de mesmo nome, cuja beleza e tranquilidade atrai muitos visitantes diariamente. Seus belos jardins atribuídos ao paisagista francês Auguste François Marie Glaziou já vale a visita.
O acervo do museu tem cerca de 53 mil objetos de relevância internacional. Entre eles estão pinturas, esculturas, gravuras, desenhos, livros raros, documentos, mobiliário, prataria, indumentária, porcelanas, cristais, peças de História Natural e outros.
O museu encontra-se parcialmente fechado no momento, mas a exposição o “Esplendor das Formas: Esculturas no Acervo do Museu Mariano Procópio” pode ser visitada na Galeria Maria Amália. Ficamos impressionadas com e beleza das 234 esculturas de gesso, bronze, mármore, entre outros tipos nessa exposição aberta em setembro de 2016.
- Endereço: Rua Mariano Procópio, 1100, Mariano Procópio
- Funcionamento do parque: de terça a domingo das 8h às 18h
- Funcionamento da Galeria Maria Amália: de terça a domingo das 8h às 17h
- Informações: (32) 3690-2200 e 3690-2211 | Entrada gratuita
- Como chegar: Várias linhas de ônibus passam em frente ao museu (111 – 112 – 601 – 603 – 604 – 605 – 607 – 608 – 609 – 610 – 615 – e muitas outras), saindo das principais ruas.
2. Museu Ferroviário de Juiz de Fora
Já ouviu falar em Bienfait e Pantógrafo? São alguns dos diversos instrumentos usados em locomotivas e estradas de ferro. Os amantes das ferrovias vão amar esse museu localizado na sede da antiga Estrada de Ferro Leopoldina, criada em 1871.
Inaugurado em 2013, o museu está bem no coração da cidade e seu acervo com cerca de 400 peças conta com detalhes a história da primeira ferrovia de Minas Gerais. De forma didática, em vitrines, painéis e ambientes cenográficos, é possível conhecer a história do surgimento do transporte à vapor e das locomotivas, das estradas de ferro no Brasil e do surgimento e funcionamento da ferrovia em Juiz de Fora.
As duas salas do Museu Ferroviário de Juiz de Fora guardam ferramentas, utensílios, móveis e objetos relacionados e buscam retratar os escritórios da época. Destacam-se os relógios, os apitos e a lanterna, de fundamental importância para orientar o maquinista. A história do telégrafo também é muito interessante. Assim como seu surgimento, que revolucionou o funcionamento das estradas de ferro.
Coroando a visita, uma locomotiva francesa de 1913 que pertenceu à Estrada de Ferro Central do Brasil na parte externa do museu, em ótimo estado de conservação. É preciso deixar os pertences no guarda-volumes.
- Endereço: Av. Brasil, 2001, Centro | Perto da Praça da Estação
- Funcionamento: de segunda a sexta, das 9h às 17h
- Informações: (32) 3690-7055 | Entrada gratuita
3. Centro Cultural Bernardo Mascarenhas
O centro cultural, que fica no centro da cidade, expõe trabalhos de vários gêneros, como quadros, esculturas e performances, e ainda é palco de inúmeras apresentações teatrais – algumas pagas, outras gratuitas – durante todo o ano.
O prédio da antiga Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas, restaurado em 1985, conta com várias galerias e corredores onde exposições temporárias ganham voz. Consulte a programação antes de visitar, pois ocasionalmente, as galerias ficam sem exposição.
- Endereço: Av. Getúlio Vargas, 200, Centro | próximo ao Calçadão da Rua Halfeld
- Funcionamento: de segunda a sexta das 09h às 21h, sábados, domingos e feriados das 10h às 16h
- Informações: (32) 3690-7052 | Entrada gratuita
4. Fórum da Cultura (Museu de Cultura Popular)
“O Grupo Divulgação é motivo para colocarmos Juiz de Fora em nossa rota, quando passarmos por Minas.” A frase do poeta Walmir Ayala ilustra bem esse que é um dos lugares de grande importância cultural e artística da cidade, sempre no topo da lista de quem procura museus gratuitos em Juiz de Fora.
O belíssimo casarão é sede do Grupo Divulgação, um núcleo de ensino, pesquisa e extensão em artes cênica que completou 51 anos recentemente. A construção em estilo eclético da década de 20 foi residência do Dr. Clóvis Guimarães Mascarenhas. Também já funcionou como a primeira sala de reitor da UFJF, faculdade e conserva ainda, a escada, os pisos, lustres e vitrais originais.
A visita ao local começa pelo cômodo que foi sala de jantar da família, e apresenta quadros do acervo. Os destaques são o da casa onde morou o “juiz de fora”, e um antigo retrato do rio Paraibuna. Depois de percorrer mais algumas salas, chegamos à galeria que recebe exposições, principalmente fotográficas.
Uma da mais importantes recentemente foi a “Grupo Divulgação: rotas e ritos” em comemoração aos seus 51 anos. O gran finale fica por conta do Museu de Cultura Popular. São diversas exposições temporárias com peças de diferentes estilos e de várias partes do país, cuja beleza se mistura com a importância de se registrar e valorizar a cultura popular brasileira e mineira. As exposições do museu mudam a cada mês, e as da galeria, a cada quinze dias. Confira também a programação teatral.
- Endereço: Rua Santo Antônio, 1112, Centro | Atrás do Parque Halfeld, à esquerda
- Funcionamento: de segunda a sexta, das 14h às 18h
- Informações: (32) 3215-3850 | Entrada gratuita
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5. Museu de Artes Murilo Mendes (MAMM)
O poeta juiz-forano Murilo Mendes também era um colecionador e reuniu ao longo da vida diversas obras. Outras tantas ganhou de presente de amigos artistas plásticos de várias partes do mundo. No acervo são centenas de quadros, na biblioteca, cerca de 2800 volumes de livros, tudo em um belo prédio modernista projetado pelo arquiteto e artista plástico Décio Bracher.
Para visitar esse que é um dos mais conhecidos museus gratuitos em Juiz de Fora, é preciso fazer um breve registro na portaria e deixar os pertences no guarda-volumes. Já no térreo encontra-se a primeira galeria do museu, com exposições temporárias de exponenciais das artes. Em nossa última visita, apreciamos as serigrafias de Axl Leskoschek fez para três livros de Dostoiévski. Seguindo até o próximo andar, vemos fotos e livros do acervo, e no terceiro e último andar está a maior galeria, que recebe exposições de fora ou do próprio acervo do Museu de Artes Murilo Mendes.
Em nossa última visita, apreciamos quadros de vários períodos, entre eles, surrealismo, optcal art e abstracionismo, com obras de vários nomes, incluindo Pablo Picasso. O que mais impressionou foram os diversos retratos de Murilo Mendes, incluindo o criado por Cândido Portinari, e os de três artistas da cidade – Pedro Guedes, Carlos Bracher e Nivea Bracher.
Entre as exposições que já passaram pelo museu, minha preferida foi ever foi a “História em Quadrões – Pinturas de Mauricio de Sousa”. Nela, o desenhista faz releituras de grandes obras-primas da história da arte mundial com os personagens da turminha mais adorada de todas. Os quadros como, por exemplo, “O Pensador de Planos Infalíveis” (com o Cebolinha) no lugar de “O Pensador”, de Auguste Rodin arrancavam gargalhadas!
- Endereço: R. Benjamin Constant, 790, Centro | Próximo do Santa Cruz Shopping
- Funcionamento: de terça a sexta, das 9h às 18h e no fim de semana, das 12h às 18h
- Informações: (32) 3229-9070 | Entrada gratuita
6. Memorial da República Itamar Franco
Ao lado do MAMM, o Memorial da República Presidente Itamar Franco apresenta em paralelo histórias e fatos de Juiz de Fora e da vida política de Itamar Franco, natural da cidade.
Inaugurando em 2015, o acervo é moderno e interativo, contextualizado em relação aos fatos históricos e políticos do país e apresentado de forma leve, facilitando a compreensão. Em seus dois andares estão dispostas fotos, documentos, indumentárias, objetos, busto e até o fusca azul de Itamar Franco.
O destaque é o grande móvel de madeira com 84 gavetas que o visitante precisa abrir para acessar o conteúdo – audiovisual ou impresso. Ao todo são 1.700 objetos pessoais, sete mil títulos da biblioteca que pertencia ao ex-presidente, e mais de 150 mil cartas dirigidas a ele enquanto estava na presidência. Finalizando a visita, há uma sala de vídeo e um espaço para exposições temporárias. É preciso deixar os pertences no guarda-volumes.
- Endereço: R. Benjamin Constant, 720-816, Centro
- Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 18h, e no fim de semana, das 12h às 18h
- Informações: (32) 3212-2078 | Entrada gratuita
7. Museu do Crédito Real
Em duas salas, uma menor e outra bastante ampla, o Museu do Crédito Real guarda a memória do primeiro banco de Minas Gerais. No mesmo prédio onde o banco funcionou, a sala menor reproduz o ambiente do banco na época. Há mobiliário e objetos em que se destacam o extintor e o ventilador centenários. Ali está o primeiro livro razão e um enorme cofre antigo.
Na segunda sala, há fotos, móveis, porcelanas e objetos que ajudam a contar a história da economia da cidade. Há fotos das famílias germânicas e registros de seus respectivos comércios, como curtumes, fábricas e mercearias cujo funcionamento proveio de empréstimos do banco.
Completando o acervo, há uma exposição completa de moedas e cédulas de cada período político do país, com informações desde os tempos da Coroa, até a transição do cruzeiro ao real. Talões de cheque, máquinas de calcular e datilografar muito antigas, balanças para pesagem de café (que era usado como moeda) e até hipotecas de escravos – usados para o mesmo fim – além de outros itens constam no museu. Atente-se para o fato de que não abre nos fins de semana.
- Endereço: Av. Getúlio Vargas, 605, Centro | na esquina com o Calçadão da Rua Halfeld
- Funcionamento: segunda a sexta, das 12h às 18h
- Telefone: (32) 3212-0973 | Entrada gratuita
8. Espaço Cultural dos Correios
O Espaço Cultural Correios recebe seus visitantes em um corredor externo que conta com uma exposição permanente e um sala que recebe exposições temporárias de várias partes do país.
Em um prédio de 1935 tombado pelo patrimônio histórico municipal, o espaço tem uma sala ampla com entrada pelo corredor lateral da unidade dos Correios. Uma das exposições mais incríveis que já passaram pelo espaço é a “Lágrimas de São Pedro”, do artista baiano Vinícius S.A.
A mostra com cerca de 4 mil “lágrimas” formadas por bulbos de lâmpadas com água presos ao teto simboliza a chuva, que alivia o sofrimento dos que moram no sertão. Junto com a ladainha na trilha sonora ao fundo, cria um cenário lúdico muito bonito que convida a uma reflexão.
O destaque local fica por conta da exposição “Qual é o pente que te penteia?” A mostra fotográfica com a proposta de valorizar a identidade negra e questionar a imposição de padrões de beleza é criação do grupo Candaces, composto por mulheres negras juiz-foranas. Espero que ao visitar o Espaço Cultural dos Correios você tenha a sorte de encontrar exposições tão bacanas quanto as que eu visitei!
- Local: Rua Marechal Deodoro, 470, térreo, Centro | rua paralela ao Calçadão
- Funcionamento: de segunda a sexta das 10h às 18h, aos sábados das 10h às 14h
- Informações: (32) 3690-5715 e 3211-9660 | Entrada gratuita
Tanto o Memorial quanto o MAMM e o Fórum da Cultura são vinculados à Pró-Reitoria de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora. A universidade também conta com alguns museus particulares em faculdades.
Dicas para quem vai a cidade e os museus gratuitos de Juiz de Fora:
1. Juiz de Fora está às margens da BR-040 e da BR-267 e tem diversas linhas de ônibus intermunicipais e interestaduais ligando o município à diversas localidades.
2. Quem chega a Juiz de Fora de avião desembarca no Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá – MG, e está a cerca de 40 quilômetros do centro da cidade. Existe uma linha de ônibus e táxis exclusivos dentro do aeroporto que fazem o traslado até Juiz de Fora. Mas se você prefere um carro para andar com mais autonomia pela cidade, pode comparar os preços de aluguel de automóveis em todas as locadoras da região nesse link.
3. Juiz de Fora tem uma ampla rede hoteleira, com muitas opções de hospedagem tanto no centro quanto nos bairros e até nas imediações da cidade. Veja os preços e opções nesse link.
4. Se você pretende visitar esses museus gratuitos em Juiz de fora, com certeza vai querer fazer um pit stop em um desses Lugares para tomar um bom café em Juiz de Fora e aproveite.
Distâncias até Juiz de Fora – MG:
283 km de Belo Horizonte – MG: BR-040
184 km do Rio de Janeiro – RJ: BR-040
477 km de São Paulo – SP: BR-116 até RJ
Top 8 museus gratuitos em Juiz de Fora – MG
por Camila Coubelle
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