Ver o látex escorrendo de uma seringueira no Museu do Seringal Vila Paraíso já vale a visita. O espaço recria o ambiente de um seringal e conta um pouco da história do ciclo da borracha no Amazonas.
O látex branquinho nos faz constatar a riqueza natural da região Norte e do Brasil, embora sua história tenha capítulos tristes.
O Museu do Seringal Vila Paraíso fica a cerca de 25 minutos de barco de Manaus, no Igarapé São João, zona rural da cidade, só acessível por água. Ainda assim, é uma atração fácil de ser visitada e conciliada com outros passeios.
Em volta do lugar que parece uma fazenda, uma amostra da floresta amazônica emoldura os espaços que guardam o acervo do museu.
Confira como é a visita e outras informações sobre o Museu do Seringal, uma das principais atrações da capital do Amazonas.
Onde se hospedar em Manaus
Para circular melhor entre as atrações e ter amplo acesso a serviços, bares e restaurantes. o ideal é ficar perto do Largo são Sebastião (onde está o Teatro Amazonas), ou perto da Praça da Polícia.
Outro ponto também muito procurado é a Ponta Negra, mas fica do lado oposto da cidade. Manaus tem uma vasta rede hoteleira para todos os gostos. Confira todas as ofertas de hospedagem aqui.
Museu do Seringal Vila Paraíso, Manaus: atrativos da visita
Antes de ser um museu, o lugar foi cenário para o filme A Selva, de 2002, dirigido por Leonel Vieira e adaptado do romance de mesmo nome de Ferreira de Castro.
O cenário, hoje museu, é uma reprodução de um seringal de verdade que existiu em Humaitá, a 450 quilômetros de Manaus.
O projeto atual é da Secretaria de Cultura do Amazonas e mostra como era o modo de vida dos barões da borracha e dos seringueiros.
As visitas guiadas ao Museu do Seringal percorrem ambientes que existiam em um seringal durante o ciclo da borracha, tempo em que Manaus era conhecida como a “Paris dos Trópicos”:
- Trapiche
Espaço de armazenamento de embarque e desembarque, logo na entrada. É o primeiro lugar que avistamos ao sair do barco.
- Casa do Barão
A Casa do Barão ou Seringalista é um misto de rusticidade e sofisticação, já que tudo era trazido da Europa. Móveis, louças, roupas e adornos eram ostentados pelos barões da borracha e sua família dentro da selva, mostrando a riqueza oriunda da extração.
Esses objetos contrastavam com a rusticidade em volta e apontavam a gritante diferença com as condições dos seringueiros que lá trabalhavam.
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- Casa de banho das damas
Espaço do Museu do Seringal que ilustra o lugar destinado às mulheres da família do barão. O luxo que tinham chama a atenção para a história de exploração dos seringueiros, que ao contrário, viviam em condições precárias.
- Barracão do Aviamento
Como uma vendinha de interior, esse espaço guardava instrumentos de trabalho, alimentos, utensílios e outras utilidades para um seringueiro.
Há até uma caixa registradora antiga, cadernetas de anotação e a poronga, lamparina utilizada na cabeça pelos trabalhadores para extrair o látex das árvores à noite.
Segundo o guia, os seringueiros precisavam produzir pelo menos 50 quilos de borracha por semana para poder retirar comida.
- Estrebaria e Casa de Farinha
Eram os respectivos espaços onde guardavam os arreios e onde era ralada e prensada a mandioca, item de fundamental importância na alimentação dos seringueiros.
Estão junto ao barracão de aviamento. Ao lado, espaços de armazenamento da borracha.
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- Trilha das seringueiras
A visita ao Museu do Seringal segue por uma trilha em meio à mata até uma árvore seringa ou seringueira, também conhecida como “árvore da fortuna”. No caminho há cupuaçu, açaí e outras espécies amazônicas.
Nosso guia faz um corte no tronco e demonstra como era feita a extração do látex. Em poucos segundos o líquido branco começa a escorrer.
Ele mostra como os seringueiros colocavam o recipiente para recolher essa seiva e conta que cada árvore precisava de um intervalo de 3 meses para que pudesse ser usada novamente.
- Tapiri, a casa da defumação da borracha
Mais uma caminhada e chegamos na construção rústica que mostra como o látex era defumado ou vulcanizado, transformando-se em enormes bobinas que facilitavam a conservação, o transporte e armazenamento.
Esse processo manual era feito em um tipo de forno à lenha, esquentando lentamente o látex.
- Barracão dos seringueiros
Ao lado do tapiri está a reprodução de como o seringueiro se abrigava no meio da selva enquanto extraia a borracha.
Um barraco de madeira aberto, sem proteção, com comida escassa, pouquíssimas coisas e uma rede. Ele ficava ali com sua família, e muitos morriam com doenças como malária e febre amarela, ou por ataque de animais como onças, cobras e escorpiões.
No caminho de volta o guia nos conta sobre o contrabando da semente da seringueira para a Malásia e a produção iniciada lá, que tirou o monopólio da borracha amazônica e levou a extração local ao declínio.
- Capela Nossa Senhora da Conceição
Ao lado da Casa do Barão está uma pequena capela, onde os seringueiros rezavam por uma vida melhor. Lá há cartas e fotografias deixadas por parentes, e uma carta dos doadores da imagem da santa.
> Leia também: O que fazer em Manaus e confira dicas de passeios na cidade.
Como contratar o passeio no Museu do Seringal
Fizemos esse passeio com a Agência Fontur, que tem diversas opções de tours privativos ou regulares, com atendimento personalizado e muito profissionalismo.
A agência tem píer próprio e guia local bilíngue que conhece a região muito bem e explica cada detalhe dos pontos visitados. Fizemos todos os passeios em Manaus com ela e indicamos por oferecer um serviço de excelente qualidade.
A dica é entrar em contato previamente por telefone ou e-mail, conferir detalhes dos passeios, tentar conciliar com outros tours e deixar tudo combinado com a agência. Confira mais informações no site e entre em contato pelo telefone +55 (92) 3658-3052 ou pelos e-mails: [email protected] [email protected] (Informações e reservas), ou [email protected].
Também é possível contratar esse passeio ou esse tour da Civitatis que visita o Museu do Seringal e outros pontos nos arredores de Manaus.
Dicas para visitar o Museu do Seringal
- A ida ao Museu é rápida e leva menos que um turno (manhã ou tarde). A visita guiada leva cerca de 1 hora.
- O espaço tem banheiros e uma pequena lojinha de artesanato, mas não tem restaurante.
- É possível conciliar esse passeio com outros como o Encontro das Águas ou Visita aos Botos.
- Leve repelente e protetor solar.
- Se preferir, leve um corta-vento ou um agasalho leve para usar dentro do barco e se proteger do vento.
- Tanto se você viaja só ou com grupo de diferentes tamanhos é fácil se encaixar em um passeio. Caso esteja só, é indicado reservar com antecedência com a agência.
- Outros pontos onde contratar um barco são o Porto de Manaus, no Centro Histórico, mas vale mais a pena para grupos maiores, ou na Marina do Davi, no fim da praia de Ponta Negra, que oferece alguns horários de ida e volta por dia.
S E R V I Ç O
Museu do Seringal Vila Paraíso
- Igarapé São João – Afluente do Igarapé do Tarumã Mirim (Zona Rural)
- Fones: +55 (92) 99275-4646 e 99603-7086
- Funcionamento: domingo a domingo das 09h às 16h
- Tarifas: R$ 20 (ago/2024)
- Veja mais informações no site.
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Museu do Seringal em Manaus – AM
por Camila Coubelle
> A visita ao Museu do Seringal foi uma cortesia da Fontur para o Vida sem Paredes, mas esse post é totalmente isento e reflete a nossa experiência real e sincera com o serviço. Conte sempre com as dicas testadas e aprovadas por nós!