Atualizado em setembro de 2018: infelizmente o Museu Nacional do Rio de Janeiro sofreu um incêndio e foi quase totalmente destruído.
Atualmente (julho de 2024), as exposições no interior do Palácio de São Cristóvão – Museu Nacional/UFRJ, ainda estão fechadas ao público por tempo indeterminado em virtude das obras de reconstrução/restauração do Museu. No entanto, vale a pena ficar atento ao site oficial, onde avisam sobre eventuais exposições temporárias.
Com exposições permanentes e temporárias, o Museu Nacional, que tem o maior número de bens culturais do país, nos leva por um tour completo por diversas áreas de interesse. Fósseis e esqueletos de dinossauros, múmias egípcias, meteoritos, objetos usados por civilizações primitivas e uma lista muito interessante atrai pessoas de todas as idades e regiões do Brasil.
Confira por que vale a pena visitar essa que uma das principais atrações no Rio de Janeiro.
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Motivos para visitar o Museu Nacional do Rio:
#1 Grande acervo histórico e científico
Quem visita as mais de 3 mil peças do Museu Nacional no Rio de Janeiro talvez não imagine o bolo que há abaixo da cereja.
Esse acervo exposto ao público é apenas uma pequena parte das 20 milhões de peças que se dedicam aos estudos dos Departamentos de Antropologia, Botânica, Entomologia, Geologia e Paleontologia, Invertebrados e Vertebrados.
O Museu Nacional não se destina apenas ao entretenimento e representa um importante centro de conhecimento científico e pesquisa do país, administrado pela UFRJ.
#2 O Museu Nacional é a mais antiga instituição científica do Brasil
É resultado do conhecimento produzido pelos departamentos de pesquisa e pelos trabalhos de conservação e de restauração de inúmeras peças e bens culturais que fazem dele o maior do país.
#3 Você vai ver ossos de dinossauros gigantes e meteoritos enormes
Logo ao adentrar, nos deparamos, no primeiro piso, com duas das exposições mais apreciadas: gigantes de ossos e pedras. Os crânios de dinossauros enormes são disputados para fotos.
Já os diversos meteoritos chamam a atenção por suas histórias curiosas que têm registros fotográficos e reportagens da época, sobre carros e lugares ‘marcados’ por esses gigantes que caíram dos céus.
Um dos meteoritos tem 5 toneladas!
#4 Tem acervo indígena
No segundo andar do Museu Nacional do Rio, cheio de peças brasileiras e de várias partes do mundo, a primeira parada da minha visita foi nos Tikunas, indígenas que habitam a região do Alto Solimões, no Amazonas.
Ali há indumentárias, instrumentos musicais, armas, máscaras e outros objetos usados por eles, além de algumas histórias e lendas.
#5 Esqueletos de animais pré-históricos
Mais adiante, um acervo interessantíssimo é o de esqueletos, tanto de animais terrestres como de aves pré-históricas, e as pinturas nas paredes reproduzem o ambiente em que eles estiveram um dia, em uma tentativa de nos transportar de volta para a época.
Dinossauros, tigres de bengala e até um enorme esqueleto de baleia.
Aves e animais empalhados também ocupam espaço especial no Museu Nacional.
#6 Vai ver uma múmia de perto
Em outros salões, nos deparamos com sarcófagos e múmias egípcias, arqueologia brasileira e pré-colombiana, e diversos itens que são expostos juntamente com uma excelente legenda que nos ajuda a compreender melhor as culturas e civilizações diferentes, extintas ou não.
As múmias encontradas em Goianá, Minas Gerais e o esqueleto humano mais antigo encontrado no Brasil, em Lagoa Santa, Minas Gerais, estão lá.
O crânio e a reconstituição do rosto de Luzia – como ficou conhecida – chamam a atenção. Para completar, a história do palácio e seus moradores.
#7 O Museu Nacional fica em um prédio histórico
O Museu Nacional ocupa um prédio histórico em estilo neoclássico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
Com seus jardins históricos, janelas e amplos salões, o prédio exibe a memória do local que foi sede da corte e residência oficial dos monarcas brasileiros entre 1816 e 1889. Nessa época, chamava-se Palácio da Imperial Quinta de São Cristóvão, ou Paço de São Cristóvão.
Sua imponência e belezas típicas da realeza impressionam e ilustram muito bem a história apresentada ali.
Fica em uma colina com uma bela vista para a Baia de Guanabara, daí o nome Quinta da Boa Vista, é bem conservado e parece um enorme labirinto.
Confesso que tive que dar voltas e mais voltas para me certificar que tinha visto tudo, pois seus salões são interligados e fazem a gente literalmente se perder lá dentro.
Um ponto negativo do prédio é que ainda não oferece acessibilidade total a pessoas com deficiência, mas alguns equipamentos adaptados auxiliam. Acredito que esse processo de adaptação seja delicado e demorado em prédios tombados.
#8 É cercado pelo parque Quinta da Boa Vista
É uma vasta área verde com outras atrações. A Passarela da Fauna e o Bioparque do Rio de Janeiro são as mais conhecidas.
Particularmente, não participo de turismo que expõe animais para o entretenimento humano, mas fui diversas vezes nesse zoológico na infância e até joguei minha chupeta para o macaco Tião (quem se lembra dele?), um ilustre “morador” de lá na década de 80.
#9 Dá para conciliar com piqueniques e atividades ao ar livre
Piqueniques, rodas de capoeira, grupos de ioga e muitas crianças compartilham o espaço do parque e convivem em harmonia sobre seus gramados, grutas, coretos e beiras de lagos.
Há vários tipos de bicicletas para alugar (ainda vou andar em uma dupla ou tripla, rs). E barraquinhas que servem almoço, lanches, pizzas, ambulantes com seus milhos verdes, pipoca, algodão doce, guloseimas, balões, pipas e toda sorte de coisas para se divertir lá mesmo ou levar para casa.
A criançada faz a festa e há espaço de sobra para um dia completo ao ar livre.
E o melhor é que o parque tem entrada gratuita. É necessário pagar ingresso apenas para o Bioparque e o Museu Nacional (preços e horário de funcionamento no fim do post).
Embora haja muita coisa para se fazer ali, se você gosta de museus, pode separar um bom tempo só para ele, pois são tantas coisas para se ver que uma visita com calma vai levar tempo.
Na última vez, fiquei cerca de 3 horas dentro do Museu Nacional.
#10 Tem fácil acesso
Há diversas opções de transporte público para chegar ao Museu Nacional. É possível usar o metrô (Linha 2) e descer na estação São Cristóvão.
Um dos portões de entrada da Quinta da Boa Vista fica logo ao lado da estação, basta atravessar a avenida. Após uma curta caminhada por entre os jardins, chega-se ao antigo Palácio Imperial que hoje sedia o museu. Na estação do metrô também é possível fazer a transferência para os trens da supervia.
De ônibus as opções são inúmeras. Consulte aqui como chegar a partir de qualquer lugar do Rio de Janeiro.
Quem for de carro precisa chegar cedo para garantir uma das 240 vagas no estacionamento (R$ 15,00).
A Quinta da Boa Vista fica na Avenida Pedro II – s/n, São Cristóvão, a entrada é gratuita e o horário de funcionamento vai de 9h às 17h, diariamente. Se precisar alugar um carro para visitar, compare preços de diversas locadoras através desse link.
Dicas do Museu Nacional
O Museu Nacional é um dos mais antigos do país e um dos mais visitados museus do Rio de Janeiro. É um prato cheio para um passeio histórico e cultural. Isso por causa de sua variedade de assuntos agrada às mais diferentes áreas de interesse e eu tenho certeza que você vai encontrar outros motivos para visitar além dos listados aqui no Vida sem Paredes!
Além do acervo museológico, o Museu Nacional conta ainda com uma seção de Memória e Arquivo – SEMEAR.
São diversos documentos que registram os primórdios do trabalho científico no Brasil e retratam o cotidiano da instituição nos contextos político, econômico e social brasileiro, além de diversos arquivos privados pessoais de cientistas e professores.
Ainda há o Centro de Documentação de Línguas Indígenas – CELIN, especializado na documentação, recuperação e disseminação; e um acervo bibliográfico de mais de 470 mil volumes, entre livros, periódicos e outras publicações dos séculos passados, voltados ao apoio das atividades de ensino, pesquisa e extensão do Museu Nacional.
Use o AUDIOGUIA, disponível em dois idiomas – português e inglês. É um guia que oferece informações sobre as salas de exposições, que pode ser acessado em qualquer smartphone utilizando a rede de dados do próprio local.
No site do Museu Nacional há um passo a passo de como usar, além de outras informações interessantes.
A reprodução dos acervos de In-Fólios e de Obras Raras disponibilizados em meio digital podem ser baixados na página da Biblioteca Digital do Museu Nacional, UFRJ.
S E R V I Ç O
Museu Nacional Rio de Janeiro
- Quinta da Boa vista, sem número, bairro São Cristóvão – Rio de Janeiro / RJ
- Funcionamento: segunda, das 12 às 17 horas | Terça a Domingo, incluindo feriados, das 10 às 17 horas (entrada até às 16h).
- Telefone: (21) 3938-6900
- Tempo médio de visita: cerca de 3 horas
Museu Nacional, Rio de Janeiro – RJ
Por Camila Coubelle
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