Alter do Chão, a vila perto de Santarém, às margens do rio Tapajós, no Pará, se tornou o lugar que eu mais quero voltar, apesar de ter acabado de ir.
Parece longe, mas tem aeroporto pertinho, os passeios não são baratos, mas visitam praias lindíssimas, comunidades ribeirinhas, lagos e toda a exuberância da Amazônia. A comida é ótima e as pessoas são maravilhosas. Por que demoramos tanto para visitar?
Resumi nesse post o que fazer em Alter do Chão, com roteiro e dicas para sua visita às melhores praias, além de dicas de hospedagem, de onde e o que comer e como chegar. Tá imperdível!
Alter do Chão, Pará: melhores passeios e praias, onde fica e como chegar, pousadas e todas as dicas
Você verá nesse post:
- Onde fica?
- Como chegar
- Pousadas
- Roteiro de 4 a 6 dias
- O que fazer
- Mapa
- Fotos de Alter
- Vida noturna
- Onde comer
- Quando ir
- O que levar
- Dicas
- Perguntas frequentes
Alter do Chão, Santarém: onde fica?
Alter do Chão é uma vila localizada no município de Santarém, no Pará. Famosa por suas praias de água doce formadas pelas margens do rio Tapajós, a região é conhecida como o “Caribe Amazônico”.
Alter do Chão fica a aproximadamente 30km do centro de Santarém, em plena Amazônia, e atrai visitantes com suas belas paisagens que combinam o bioma amazônico com ilhas e praias de areias brancas que, juro, parecem mar!
Como chegar e sair do aeroporto
O Aeroporto Internacional de Santarém – Maestro Wilson Fonseca (STM) é a principal porta de entrada para quem pretende visitar Alter do Chão, no Pará. O aeroporto recebe voos diretos de algumas capitais brasileiras, como, Brasília, Belém e Manaus, e se você vem de outras partes do Brasil, terá que fazer mais de uma conexão, como nós.
Consulte no Skyscanner as ofertas de voos para Santarém.
A plataforma lista todas as companhias aéreas que fazem a rota e permite comparar os preços. Para evitar problemas ao fechar a compra, opte sempre pelos sites oficiais das empresas aéreas e desconfie de intermediários que não sejam de confiança.
Continue lendo para entender tudo que é preciso para sua viagem à Alter.
Como sair do aeroporto
O aeroporto de Santarém fica a cerca de 34 km de Alter do Chão e a 14 km do centro de Santarém. Para se deslocar até a vila, você tem algumas opções práticas:
- Táxi ou carro de aplicativo: Ambas as opções estão disponíveis no desembarque. Uma corrida até Alter do Chão de táxi pode custar em torno de R$ 140 a R$ 200 (dez/2024). Já o Uber costuma ser mais em conta, mas é difícil encontrar (pelo menos nós não conseguimos, nem no aeroporto, nem na cidade). No entanto, vimos muitos carros com adesivos do Maxim, e também existe um serviço “local” chamado Urbano Norte.
- Transfer privativo: Diversas agências de turismo oferecem o serviço de transfer com motorista particular. É uma opção mais confortável e ideal para quem viaja em grupo ou com muitas malas. Os valores variam conforme a agência e podem ser reservados antecipadamente (em torno de R$ 150 cada trecho). Vou deixar aqui o link do nosso parceiro Viator que oferece transfer de Santarém a Alter.
- Aluguel de carro: Existem algumas locadoras de carro no Aeroporto de Santarém, no entanto, este é um destino onde pode não valer tanto a pena. Acredito que só é vantajoso para quem está em grupo e vai passar poucos dias. Isto porque os passeios em Alter do Chão são de barco e o carro vai ficar parado na garagem. Se for o caso, compare preços das locadoras com o buscador Rentcars.com.
- Ônibus: Para quem busca economizar, existe uma linha de ônibus de Santarém a Alter do Chão (veja os horários aqui). Vale lembrar que não funciona 24h, e que não passa no Aeroporto. Se for o caso, pegue um táxi até o Shopping Tapajós (orcei por R$ 40 – dez/2024) e, de lá, pegue o ônibus para Alter (R$ 5). Apesar de mais barato, o ônibus é de roleta e o trajeto pode ser mais demorado e cansativo, especialmente se estiver com malas. A duração da viagem é de 40 a 60 minutos.
A escolha do meio de transporte vai depender do seu orçamento, da sua preferência por conforto e do seu tempo disponível. Se estiver em dúvida, um transfer ou táxi pode ser a maneira mais prática de chegar ao seu hotel ou pousada em Alter do Chão.
Nós chegamos em Santarém de madrugada e reservamos um hotel lá para a primeira noite. Aproveitamos para conhecer alguns pontos turísticos, e fomos de ônibus para a vila.
Alter do Chão: pousadas e melhores localizações
Apesar de Santarém ser uma cidade maior, o ideal é se hospedar em Alter do Chão. A vila tem um charme único e, ficando nela, você estará perto dos principais atrativos e do clima gostoso que só Alter proporciona.
A localização da sua hospedagem pode fazer a diferença na sua viagem, mesmo em uma vila pequena como essa.
Se você quiser ficar no burburinho, próximo dos principais restaurantes e do movimento noturno, procure pousadas e hotéis próximos à Praça Central e à Orla de Alter do Chão. A orla fica de frente para um dos pontos turísticos mais famosos da região, a Ilha do Amor, então é um ótimo lugar para se hospedar.
A gente se hospedou nessa região e eu recomendo.
Pousadas recomendadas
Uma excelente opção de hospedagem é a Pousada Ocazum, que é uma das mais elogiadas de Alter do Chão. Ela oferece conforto e uma das melhores avaliações entre as opções de pousadas em Alter do Chão.
Nós ficamos na mais nova unidade deles, a Ocazum – Ilha do Amor, que tem como diferencial a localização. A pousada fica a um minuto a pé da Praça Central.
Além da localização estratégica no centrinho da vila e um ambiente tranquilo, perfeito para descansar depois de um dia aproveitando as praias do Tapajós, a nova pousada tem um café da manhã impecável, servido na mesa. Peça a tapioca invertida e volte aqui pra me contar depois!
Se você está planejando sua viagem, já anote essa dica: ficar em uma pousada perto da Praça Central ou da Orla de Alter do Chão é a melhor escolha para aproveitar ao máximo o destino.
Clique aqui para falar com a Pousada Ocazum – Ilha do Amor pelo WhatsApp ou confira preços e disponibilidade na Booking.com.
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Roteiro de 4 a 6 dias
Uma das dúvidas pra quem vai visitar Alter do Chão é quantos dias ficar. Resumindo, de 4 a 6 dias, para aproveitar as praias, fazer passeios pelos rios Tapajós e Arapiuns e conhecer a cultura local.
Veja nossa sugestão de roteiro:
Dia 1: chegada + vila de Alter
Dia 2: passeio Alter do Chão Incrível
Dia 3: passeio rio Arapiuns ou passeio Canal do Jari
Dia 4: Ilha do Amor + trilha Morro da Piroca ou Lago Verde
Dia 5: passeio Flona Tapajós
Dia 6: retorno (dá para fazer um passeio se o retorno for de madrugada)
Se só tiver 4 dias
Dia 1: chegada + vila de Alter
Dia 2: passeio rio Arapiuns ou passeio Canal do Jari
Dia 3: passeio Flona Tapajós ou Alter do Chão Incrível
Dia 4: Ilha do Amor, Lago Verde e praia do Cajueiro + retorno
O que fazer em Alter do Chão: lista de atrações e passeios
Alter tem muitas praias de rio, tanto no rio Tapajós quanto no rio Arapiuns, muitas “pontas”, que são bancos de areias brancas ou douradas, famosas pelo pôr do sol. E também tem muitos lagos, igapós e igarapés, comunidades ribeirinhas, e muitas dessas atrações são acessíveis apenas de barco.
Então o ideal é escolher de 2 a 3 passeios pra conhecer um pouquinho da região.
E eles saem do Centro de Atendimento ao Turista / Associação de Turismo Fluvial de Alter do Chão – ATUFA, que fica na praia do Cajueiro, ao lado da Orla de Alter.
Esses passeios duram o dia todo e visitam diversas atrações, e algumas delas aparecem em mais de um roteiro.
O ideal é reservar com antecedência, e eu vou deixar abaixo um resumo da lista de principais passeios em Alter, pois eu elegi meus 3 preferidos (os 3 primeiros), mas pode ser que você se interesse por outros.
ATENÇÃO: em todos os passeios o almoço é pago à parte, alguns passeios extras (canoas, trilhas, etc) também, bem como eventuais taxas comunitárias.
Melhores passeios em Alter do Chão: pontos visitados
FLONA do Tapajós:
Comunidade ribeirinha de Jamaraquá, Trilha do Piquiá (9km no total), árvores centenárias incluindo a sumaúma, banho no igarapé do Jamaraquá, pôr do Sol na Ponta do Muretá. O roteiro também pode ser com ponto de apoio na Comunidade de Maguari.
Rio Arapiuns:
Ponta do Cururu, comunidade de Urucureá, (artesanato, trilha, almoço), Praia da Moça, Ponta do Toronó e o Lago Grande, Ponta do Icuxi e pôr do sol no barco, durante o retorno. Mas nós vimos outro roteiro que era Comunidade de Coroca, Trilha no Lago das Tartarugas e Meliponário, praia de Caracaraí, praia de Ponta Grande, pôr do Sol na Ponta do Cururu. Enfim, existem pequenas diferenças a depender do barqueiro ou agência.
Alter do Chão Incrível:
Lago Verde e Floresta Encantanda, Ilha do Amor, Morro da Piraoca, Lago e praia do Muretá, Lago do Jurucuri, praia de Pindobal, Lago das Piranhas, praia da Moça, Lago e praia do Jacaré, pôr do sol na Ponta do Cururu.
Canal do Jarí:
Trilha das preguiças e macacos, degustação de receitas com Vitória-Régia, almoço na praia de Carapanari (Casa do Saulo) ou Praia Ponta de Pedras, Lago Preto, pôr do Sol na Ponta do Cururú.
Floresta Encantada:
Passeio de canoa na floresta alagada, igarapé, Lago Verde, praia de Pindobal
Circuito das Praias:
Praia de Ponta de Pedras, paia de Carapanari (Casa do Saulo), praia de Jutuba, Ponta do Cururu.
Encontro das Águas:
Encontro dos Rios Tapajós e Amazonas, praia de Ponta do Arariá, praia de Carapanari (Casa do Saulo), praia de Jutuba, praia de Ponta de Pedras, pôr do Sol na Ponta do Cururú.
COMO RESERVAR:
Fizemos os passeios com a Selvagem Tours: uma das agências mais requisitadas de Alter. Todos os passeios incluem água filtrada gelada, frutas frescas da estação, sucos naturais, e caipirinhas e caipfrutas (nos barcos) ou cerveja (nas lanchas).
Clique aqui para fazer um orçamento ou reservar no WhatsApp.
Lista de praias e atrações em Alter do Chão – a maioria incluída nos passeios de barco:
- Ilha do Amor: Principal cartão-postal de Alter do Chão, em frente à orla e ao centrinho, acessível por pequenas canoas (R$ 10 – até 4 pessoas) ou a pé, dependendo da estação. Tem bancos de areia branca, águas cristalinas e quiosques que aceitam cartão, mas tem valor mínimo de consumo (em torno de R$ 100 por mesa).
- Trilha do Morro da Piroca ou Piraoca: Caminhada leve de aproximadamente 1h até o ponto mais alto da vila (110m.) pela serra Ibitira Piroca, com vista panorâmica 360º do rio Tapajós e das praias ao redor. A trilha é aberta e a maior parte é plana, não tem erro.
- Lago Verde e Floresta Encantada: O lago ao lado da Ilha do Amor tem praias vazias. Já a floresta é um dos cenários mais bonitos de Alter, mas só acessível com o nível das águas mais alto (não conseguimos visitar por isso).
- Praia do Cajueiro: Ao lado da Orla de Alter do Chão, é um ótimo lugar para curtir o pôr do sol, com quiosques e árvores com sombra. O CAT – Centro de Atendimento ao Turista fica nela (de onde saem os barcos).
- Rio Arapiuns: Conhecido pelas águas cristalinas, praias isoladas e pelas comunidades ribeirinhas. O passeio de barco precisa atravessar o rio Tapajós, e nós adoramos!
- Rio Tapajós: Grande protagonista da região, com águas cristalinas e uma infinidade de praias paradisíacas ao longo de suas margens.
- FLONA do Tapajós: Floresta Nacional do Tapajós, área de preservação com trilhas, fauna e flora amazônicas e experiências únicas em comunidades ribeirinhas.
- Comunidade ribeirinha de Jamaraquá: Local famoso pela Trilha do Piquiá (9 km, muitas árvores centenárias) e pela produção artesanal de cuias. Nosso almoço na comunidade foi sensacional, com um banquete de peixes amazônicos.
- Comunidade ribeirinha de Maguari: Conhecida por seu artesanato e estilo de vida tradicional. As dunas são lindíssimas!
- Comunidade ribeirinha de Urucureá: Destaque para o artesanato em trançados feitos de fibras naturais. A enseada com três braços d’água é realmente incrível. Almoçamos nessa comunidade a adoramos a hospitalidade do Sr. José e sua família.
- Ponta do Muretá: Praia tranquila, perfeita para relaxar e curtir a natureza. A água tem uma cor linda e o pôr do sol é sensacional. Fomos tanto no sunset quanto de manhã e adoramos.
- Ponta do Cururu: Cenário espetacular para o pôr do sol, com areias brancas e clima tranquilo. Cururu e Muretá são as duas “pontas” mais conhecidas de Alter, mas não se atente aos nomes, pois os passeios passam em várias pontas lindas. Nessas duas, é possível chegar de barco no fim de tarde, só pro pôr do sol (R$ 200 até 5 pessoas). Procure lá no CAT ou na Orla de Alter.
- Praia Ponta de Pedras: Acesso com passeios ou de carro (15 km de estrada + 12 km de terra). Praia com formações rochosas e restaurantes simples.
- Praia de Pindobal: Praia de água doce com boa infraestrutura de quiosques e clima familiar. Almoçamos nela e as barracas, que são uma gracinha, aceitam cartão.
- Praia de Carapanari (Casa do Saulo): Praia com restaurante famoso pela culinária regional.
- Praia da Moça: Praia paradisíaca com pouca movimentação, perfeita para relaxar.
- Praia de Aramanai, Praia de Cajutuba e Praia do Urubu: Três praias menos conhecidas, ótimas para quem busca sossego e belezas naturais.
- Lago do Taparí (Lago Preto): Paisagem singular com águas escuras cercadas pela floresta amazônica.
- Jardim da Vitória-Régia: Local onde é possível observar vitórias-régias em seu habitat natural. A visita à casa de Dona Rosângela para degustação de receitas feitas com essa planta é uma atração à parte.
- Canal do Jarí: Área de igarapés que liga o Tapajós ao rio Amazonas, rica em fauna e flora.
- Encontro dos Rios Tapajós e Amazonas: Fenômeno natural incrível em Santarém, onde os dois rios se encontram sem se misturar por quilômetros. Um dos principais passeios visita o encontro, mas saiba que também é muito fácil de conferir na Orla de Santarém.
- Ponta do Toronó: Praia de águas calmas e cenário deslumbrante, pouco visitada. Tanto que quando paramos só tinha o nosso barco.
- Ponta de Icuxi: Uma das praias mais tranquilas e isoladas da região. A cor do rio era incrível e o banho foi uma delícia!
- Ponta Grande: Praia de areia branca e águas transparentes, chama a atenção porque é mais estreita e mais comprida que as outras pontas.
Resumindo: o que você consegue visitar por conta própria: a Ilha do Amor (de barquinho ou a pé); Morro da Piroca; praia do Cajueiro (dentro da vila); Lago Verde (acesso pela orla); praias de Pindobal ou Ponta de Pedras (caso esteja de carro); além de ser fácil pegar um barquinho no fim de tarde apenas para o pôr do sol nas pontas do Cururu ou Muretá.
No restante das atrações a visita será através dos passeios de barco.
Mapa com principais atrações
Fotos de Alter do Chão
Vida noturna: o que fazer à noite em Alter do Chão
A vida noturna em Alter do Chão é simples, mas de uma hospitalidade tremenda, que povo receptivo! E as opções são muito ecléticas.
O burburinho acontece no entorno da Praça Central, o ponto de encontro principal, com bares, restaurantes e música ao vivo, especialmente nos finais de semana.
Uma das laterais da praça tem uma sequência de quatro bares e restaurantes com mesas na rua que nós adoramos. E bem em frente, as famosas barraquinhas de comidas típicas com preços acessíveis (veja a lista de onde comer em seguida).
Alter do Chão tem uma noite animada e pelo centrinho é comum encontrar apresentações de carimbó, ritmo típico da região, que animam moradores e visitantes. Cada dia acontece em um lugar diferente, mas o mais famoso deles é a Quinta do Mestre. Acontece todas as quintas a partir das 21h30, pertinho da praça, com entrada gratuita, barraquinhas de comida e bebida, e sempre com um mestre de carimbó diferente.
Outra coisa que você não pode deixar de fazer à noite em Alter é visitar as lojas, que funcionam até mais tarde. A imperdível mesmo é a Araribá Cultura Indígena, que é enorme e tem itens de várias etnias. A loja fica bem de frente pra nossa pousada, A Ocazum – Ilha do Amor, a poucos passos da praça principal.
O pessoal de lá nos deu a dica de ir em um evento chamado Pirarimbó, que reúne a piracaia (forma de assar o peixe) com carimbó, mas não teve durante nossa estadia. Confira o calendário no Instagram @pirarimbo.
Curiosidade: O carimbó foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Brasil em 2014, reafirmando sua importância na preservação da cultura amazônica.
Onde comer:
- Bistrô Ocazum: Cozinha autoral com pratos que valorizam ingredientes regionais e um ambiente charmoso. Não chegamos a ir, mas tendo como base o café da manhã deles, posso recomendar de olhos fechados!
- TY – Comedoria e Bar: Pratos criativos com sabores amazônicos e um ambiente descontraído para curtir à noite. Peça o sanduíche de pirarucu defumando, uma das melhores coisas que comi em Alter, e claro, o pudim com cumaru, a baunilha amazônica. @tycomedoria
- Restaurante Tribal: Conhecido pela comida regional saborosa, com destaque para pratos indígenas e tradicionais. Os pratos são bem servidos e a meia porção serviu pra nós duas muito bem. @tribalrestauranteindigena
- Mãe Natureza: Restaurante rústico com opções variadas e um ótimo custo-benefício para refeições caseiras. É um dos que ficam na lateral da praça. @maenaturezarestobar
- Hamburgueria XBom e Hamburgueria Toninho: Opções perfeitas para quem procura lanches rápidos, com hambúrgueres artesanais e acompanhamentos caprichados. O primeiro é famoso, mas o segundo fica na praça, com mesas ao ar livre e eu gostei mais. Recomendo o hambúrguer de pirarucu. @xbom.hamburgueria
- Restaurante Arco-Íris da Amazônia: Restaurante tradicional com culinária regional, também na lateral da praça principal. @restaurantearcoirisalter
- Al Toque Amazônico: Combinação de comida amazônica com influências internacionais, em um ambiente descolado perto do CAT. @altoque.amazonico
- Égua do Sabor: Pratos típicos da culinária amazônica, com porções generosas e tempero caseiro. Foi lá que tomei um tacacá que adorei (gosto do azedo). @eguadosabor_alterdochao
Quando ir
É muito importante escolher a época correta pra conhecer Alter do Chão, porque a paisagem muda bastante ao longo do ano.
Entre agosto e dezembro, durante o verão amazônico, acontece o período seco, quando as praias de rio surgem. Esse é o período de alta temporada.
Durante o período das cheias, de janeiro a junho, no chamado inverno amazônico, algumas atrações ficam inacessíveis e as praias de rio somem. Muitos moradores de lá que trabalham com turismo me contaram que nesse período fazem outras atividades, já que a vila é pouco visitada.
No entanto, vale lembrar que na “extrema seca”, ou seja, no fim da temporada, quando o nível das águas já está muito baixo, alguns passeios também ficam impossibilitados. É o caso do Canal do Jari e da Floresta Encantada, que nós não conseguimos visitar por causa disso (fomos em meados de dezembro).
Assim, considero a melhor época para visitar Alter no “meio termo”, ou seja, agosto a outubro, mas principalmente em setembro, que coincide com um dos principais eventos da região, o Sairé.
Festival do Sairé:
É uma festa tradicional que acontece em setembro, misturando elementos religiosos e folclóricos, com danças, música e competições entre dois botos: o Tucuxi e o Cor-de-Rosa. Confira no Instagram oficial a programação.
O que levar na mala para Alter
Para aproveitar Alter do Chão ao máximo, é importante preparar uma mala leve e prática. Aqui vai uma lista com os itens essenciais:
- Prefira roupas leves e confortáveis como em qualquer destino quente de praia. A noite é bem irreverente e mesmo nos restaurantes mais arrumadinhos, nós usamos chinelo ou rasteirinha. O restaurante mais bonito de Alter (o Ty) tem chão de areia!
- Não esqueça o chapéu e os de óculos de sol porque o sol é intenso.
- Protetor solar e repelente são imprescindíveis para se proteger do sol e dos insetos, especialmente em passeios pela floresta e nas trilhas.
- Leve chinelos para as praias e um tênis adequado caso vá fazer as trilhas.
- Uma toalha compacta pode ser útil para os dias de praia ou passeios de barco.
- Eu ando com minha garrafa d’água reutilizável e recomendo, vamos reduzir o uso de plástico, né?!
- Precisa levar dinheiro em espécie? Lemos antes da viagem que muitas comunidades ribeirinhas não aceitam cartões. Realmente, nas duas que visitamos não aceitavam, mas em ambas já aceitavam pix. Leve algum dinheiro só por precaução.
Dicas
- Caixa eletrônico: existe um caixa 24h no mercado Mingote, em frente à praça central, e o mercado funciona até mais tarde.
- Cuidado com o sol: Mesmo nos dias nublados, o sol amazônico é intenso. Use protetor solar e beba bastante água para se manter hidratado.
- Respeite a natureza e a cultura local: Não jogue lixo nas praias, respeite os horários de visitas em comunidades ribeirinhas e valorize o artesanato local.
- Prove a culinária amazônica: Experimente pratos típicos como tacacá, vatapá, maniçoba e arroz paraense, bolinhos de tapioca e sucos de frutas regionais como taperebá e cupuaçu. Os peixes são imperdíveis: comemos pirarucu, surubim, tambaqui e filhote e adoramos tudo. Você também precisa provar o açaí da região Norte do Brasil.
Perguntas frequentes
Sim, mas o sinal de internet pode ser instável em alguns pontos, principalmente em praias e comunidades mais afastadas.
Recomendo pelo menos de 4 a 6 dias (o ideal é 6) para aproveitar as principais praias, passeios de barco e trilhas pela região.
Sim, Alter do Chão é um destino bastante seguro para turistas, mas é sempre bom tomar precauções básicas, como não deixar objetos de valor nas praias.
A vila tem um caixa eletrônico no mercado em frente a praça principal.
Os passeios de barco são a melhor forma de conhecer esses rios, com opções de tours privados ou compartilhados que incluem paradas em praias, comunidades ribeirinhas e trilhas, sendo muitas das atrações só acessíveis de barco.
Sim, mas a experiência muda. Durante a cheia (janeiro a julho), a floresta fica alagada, criando cenários únicos como a Floresta Encantada. Também é uma época boa para os cruzeiros ou passeios de mais de um dia. Já na seca (agosto a dezembro), surgem as praias de areia branca, que fazem Alter do Chão ser conhecida como o “Caribe Amazônico”.
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Espero que essas dicas de Alter do Chão ajudem na organização da sua viagem. Tenho certeza que você também vai amar esse destino, e espero que volte aqui ou lá no nosso Instagram @blogvidasemparedes para me contar isso. Boa viagem!
por Camila Coubelle