O que fazer em Rio Branco, Acre: pontos turísticos e dicas

Sim, o Acre existe e a capital, Rio Branco, oferece ótimas atrações e uma diversidade cultural incrível.

É preciso reconhecer que o estado fica realmente longe (pelo menos para quem está no sul e no sudeste) e é difícil até encontrar voos diretos pra lá. Daí a brincadeira sobre a sua “existência” e os comentários nas fotos que postei quando estava em Rio Branco.

Justamente por estar longe, o lugar nos oferece a chance de conhecer uma cultura completamente diferente, seja no sotaque, nas comidas, nos hábitos e, principalmente, na história.

Saiba o que fazer em Rio Branco, Acre, com dicas sobre atrações, onde se hospedar e algumas dicas úteis para a sua viagem.

Rio Branco, Acre: turismo e quantos dias ficar

Bem no coração da Amazônia, Rio Branco é porta de entrada para a floresta tropical. O visitante encontra contato com a natureza e pode vivenciar o turismo socioambiental, e conhecer belezas naturais únicas, o modo de vida dos ribeirinhos, comunidades indígenas, flora e fauna amazônica. Além disso, a capital oferece um tour cultural que conta a história da região e as origens de sua cultura.

Com dois dias completos já dá para conhecer os principais pontos turísticos de Rio Branco.

Melhor época para visitar Rio Branco

O clima em Rio Branco é equatorial/amazônico, ou seja, o período chuvoso vai de outubro a abril, sendo que chove mais em janeiro e fevereiro. O período mais seco é de maio a setembro, sendo junho e julho os meses com menores índices de chuva, portanto, a melhor época para visitar.

Independente disso, faz calor o ano todo em Rio Branco. O ar é bastante úmido e os termômetros passam facilmente dos 40°. A temperatura média é de 30°, mas num dia “frio” pode chegar a 20°.

Fuso Horário

Atenção! Rio Branco tem duas horas a menos em relação ao horário de Brasília. Acerte os ponteiros assim que chegar à cidade!

Rio Branco, Acre: como chegar

O Aeroporto Internacional Plácido de Castro (RBR) recebe voos diários de várias partes do Brasil. Uma dica é consultar ofertas no site Skyscanner e reservar as passagens com bastante antecedência, visto que é meio caro voar de última hora.

Como não há muitos voos diretos de outras regiões para o Acre (apenas Brasília e São Paulo oferecem essa opção), é comum conciliar a visita à capital do Acre com uma viagem pelo Peru ou pela Bolívia, países que fazem fronteira com o estado, ou mesmo em voos saindo de Manaus e Porto Velho (a 530km).

Se precisar alugar um carro para visitar Rio Branco, escolha o ponto de partida e compare os valores de todas as locadoras através do Rentcars.com. Assim você garante o melhor preço e ainda pode dividir em até 10x.

**Lembre-se que algumas locadoras são mais exigentes e impõem restrições a quem pretende atravessar as fronteiras.

Como sair do aeroporto

O aeroporto está a cerca de 20km do centro e a corrida de táxi sai por cerca de R$ 90. De Uber ou 99, o trajeto custa em torno de R$ 40.

A linha de ônibus 304A – Custódio Freire/Aeroporto faz o trajeto até o Terminal Urbano, no centro. A tarifa de transporte público em Rio Branco é de R$ 4 (ago/2023).

Onde se hospedar em Rio Branco

Há ótimas opções de hotéis em Rio Branco e uma das melhores regiões para se hospedar é no entorno do Palácio Rio Branco, a região mais central da cidade.

O Nobile Suites Gran Lumni é uma das melhores opções na região, com piscina, bar e café da manhã. No mesmo estilo está o Holiday Inn Express Rio Branco, que ainda inclui transfer 24h a partir do aeroporto (com custo adicional) e o Villa Rio Branco Concept Hotel, que também tem restaurante e terraço com vista para a cidade. 

Outras opções confortáveis e com preço mais em conta são o Inácio Palace Hotel, Gameleira Hotel e Hotel Guapindaia Praça, um 3 estrelas tradicional em Rio Branco. 

Confira mais ofertas de hospedagem em Rio Branco.

O que fazer em Rio Branco: atrações culturais

Palácio Rio Branco

Com entrada gratuita e uma exposição permanente, a antiga sede do Governo do Acre é uma das mais importantes construções de Rio Branco.

Pelas salas e andares do imponente prédio inspirado nas construções europeias, vamos conhecendo a história da formação do estado, das suas 16 etnias indígenas, da Revolução Acreana, da história da borracha e do ambientalista Chico Mendes. Nos fundos do palácio há o Memorial dos Autonomistas, que dá continuidade à história, mas é bem menor.

As visitas podem ser feitas de terça a sexta, entre 8h e 18h, e aos sábados, domingos e feriados, de 16h às 21h.

Calçadão da Gameleira

A Gameleira é um bairro histórico que ainda conserva casarões antigos na orla do Rio Acre.

Quem quiser conhecer mais sobre o lugar pode conferir as placas pregadas nas fachadas, que trazem as datas em que os casarões foram construídos e um pouco de suas histórias.

Vale a pena gastar um tempo caminhando pelo calçadão, às margens do rio. Tem umas escadarias para sentar e apreciar a paisagem e alguns quiosques ao longo da “orla”.

Passarela Joaquim Falcão Macedo

É o maior símbolo de Rio Branco. No fim de tarde é quando as pessoas começam a aparecer só para ficar ali, olhando, conversando, passeando.

A construção inaugurada em 2006 fica ainda mais bonita à noite, quando é iluminada. Atravessando para o lado de lá, já estamos no Mercado Velho.

Novo Mercado Velho

É isso mesmo! Novo e Velho! “Velho” sempre foi seu nome, por causa da tradição do mercado popular, e o “Novo” veio depois da revitalização. É o ponto boêmio onde as pessoas se encontram para um chopp gelado e um petisco.

É também o lugar ideal para conhecer e comprar o artesanato local, cheio de madeiras e sementes diversas. É possível encontrar muitos produtos e remédios naturais, diretamente extraídos da floresta e da sabedoria indígena.

Praça da Revolução

Depois do Mercado Velho, andando mais um pouco, logo se avista a praça principal de Rio Branco, com suas barracas que ficam rodeadas de pessoas no fim de tarde, muitos com suas cumbucas de tacacá. Aliás, esse é um programa tadicionalíssimo em Rio Branco.

Museu da Borracha

O ciclo da borracha marcou a história da criação do Acre, e nesse museu você vai encontrar jornais, revistas, fotografias, documentos, utensílios e um acervo completo que fazem da visita uma verdadeira imersão na cultura local.

Parque da Maternidade

Trata-se de uma área verde revitalizada com teatro, ciclovia, bares e tranquilidade em pleno coração de Rio Branco. Um local para uma caminhada ou descanso.

É lá que está a Biblioteca da Floresta, outro lugar imperdível, interativo e que vai além dos padrões de uma simples biblioteca.

E a Casa dos Povos da Floresta, uma maloca indígena com uma mostra sobre os mitos que envolvem a Amazônia.

Passeios em Rio Branco: contato com a natureza

Geoglifos amazônicos e Voo de Balão

São grandes figuras geométricas no solo (como as linhas de Nazca do Peru). Embora bem menos famosos que os peruanos, existem mais de 300 geoglifos descobertos no Acre. Os sítios arqueológicos atraem a atenção de estudiosos e turistas, mas para apreciar suas formas é preciso sobrevoar a área.

Fazer em voo de balão é a melhor opção para avistar os geoglifos do Acre e ainda ver um pedacinho da Floresta Amazônica. A empresa que opera os voos é a EME Amazônia, que oferece o tour para 2 ou 8 pessoas, saindo do hotel às 4h da manhã e retornando após um café especial.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por Eme Amazônia (@emeamazonia) em 16 de Ago, 2018 às 7:24 PDT

Parque Ambiental Chico Mendes

Uma área com trilhas e animais em processo de readaptação à natureza. Fica a 8km do centro e funciona como um centro de educação ambiental e preservação natural.

Você vai ver muitas espécies amazônicas, como onças, macacos e serpentes, e ainda visitar o memorial dedicado ao ambientalista que dá nome ao parque.

O parque funciona de terça a domingo, das 7h às 17h e tem entrada gratuita.

Sítio Histórico Quixadá

Está a 18km do centro e é um dos pontos turísticos em Rio Branco. Construído para sediar as gravações da minissérie “Amazônia”, da Rede Globo, o local hoje abriga um museu, com artigos utilizados na produção e um restaurante que serve pratos típicos da região.

Comidas típicas para experimentar em Rio Branco

O Tacacá foi a coisa mais diferente que comemos por lá. É feito com tucupi, goma, camarão e jambu, e tomado geralmente nas últimas horas da tarde. A Rabada no Tucupi e o Charuto no Tucupi também disputam pedidos. Para petiscar, o quibe de arroz recheado de carne é uma boa pedida.

No café da manhã, experimente o prato baixaria no Mercado do Bosque, feito com cuscuz, carne moída, tomate, cheiro verde e ovo frito. Esse é muito tradicional em Rio Branco e não pode ficar de fora.

Outras iguarias a provar são os pratos com tambaqui e pirarucu, peixes amazônicos saborosíssimos, açaí (que naquela região é bem diferente do nosso), sorvetes e sucos de graviola, cupuaçu, cajá, mangaba e outras frutas que tem aos montes no Norte do Brasil.

>> Leia também: Pratos típicos do Amazonas que você precisa provar.

Dicas para visitar Rio Branco

• Não esqueça o protetor solar, porque o sol não perdoa.
• Também não esqueça um bom repelente.
• É possível visitar a maior parte das atrações a pé, de transporte público ou utilizando carros por aplicativo.
• Use roupas leves e tenha sempre uma garrafinha d’água na bolsa.
• Respeite as tradições e cultura local e preserve a natureza.

+ atrações na região Norte do Brasil

Trekking no Monte Roraima

O que fazer em Manaus, Amazonas

Cachoeiras de Presidente Figueiredo, AM

Agora que você já sabe que em Rio Branco, Acre, tem várias atrações legais, já pode programar uma passadinha nesse local carregado de cultura e tradições.

por Nange Sá e Camila Coubelle